Coleção de Presépios
O ato de colecionar presépios é uma paixão que vem desde
criança, quando criava meus presépios, vestindo minhas bonecas.
O colecionar presépios, decorre do interesse em diferentes
leituras da natividade. O presépio é uma lição para que haja
mudanças na humanidade, para que se faça dos pobres e dos
esquecidos protagonistas da história. Infelizmente, nos
distanciamos cada vez mais desta realidade.
A coleção inclui: presépios e Menino Jesus.
Peças na sua grande maioria em miniatura. Os presépios estão
classificados em 04 categorias: Industrializados, Artesanais,
Típicos do Brasil e Do Mundo.
Sendo que os industrializados são objetos feitos em série
através de fabricação industrial, no qual, são adquiridos em
lojas físicas ou pela internet da mesma forma sou presenteada
por amigos.
Já as peças artesanais são confeccionadas por mim, ou
adquiridas de artesões. Em relação à criação das peças é difícil
explicar em palavras. Não faço nenhum projeto prévio, apanho os
materiais (qualquer material) e vou criando, quando vejo tenho
uma peça pronta!
Os presépios típicos do Brasil têm por pretensão demonstrar
a diversidade cultural brasileira. Assim, representam a sagrada
família nos costumes e tradições das diversas regiões do Brasil.
A coleção presépios do mundo compõe-se de figuras de
diferentes tipos de materiais. Trata-se de uma coleção simples,
quando comparada com outras em que os presépios são autenticas
obras de arte adquiridas a elevados valores. Neste caso, o seu
valor e a originalidade e o sentimento que consta imbuído em cada
peça. Os presépios do mundo traduzem os costumes dos lugares
de onde eles vêm. Desta forma, carregam consigo grande valor
artístico. As peças foram sendo adquiridas em viagens, compra
através de sites especializados e também, obras presenteadas por
amigos e familiares, que em suas viagens nunca se esquecem de
procurar um lindo presépio para minha coleção.
Os presépios
Greccio uma pequena cidade situada na região do Lácio,
localizada a 200 km de Roma. Este Local testemunhou a primeira
encenação do nascimento de Jesus, o presépio o qual
conhecemos atualmente. Em uma gruta, durante uma noite fria do
ano de 1223, Francisco de Assis e seu amigo Giovani Velita
fizeram representar o presépio, de maneira simples, sem imagens e
nenhum requinte, apenas uma manjedoura depositada sobre a
rocha e com a presença de animais. Naquela cena simples,
evidenciou o evangelho, transmitindo, a humildade, como o
próprio Menino Deus.
“Se o mundo ainda quiser ter homens livres, se quiser ter
homens justos, se quiser ter homens com o espirito da
fraternidade, é importante não esquecer os caminhos do
presépio.” Isso foi escrito por D. Primo Mazzolari, expressando
a lição dos missionários católicos que há séculos adotaram o
presépio como instrumento de catequese: um pequeno mundo no
qual, tal como dizem os Evangelhos, as culturas e as histórias
diversas podem coexistir em paz fraterna. Assim, o presépio
chegou a todos as partes do mundo, das savanas africanas às
extensões nevadas nos confins dos polos.
O Presépio nos convida a reconhecer no sorriso terno e
acolhedor do Menino Jesus os rostos tristes ou alegres de
todos os meninos do mundo; a reconhecer todos os homens como
iguais: ricos e pobres, doutores e ignorantes, cristãos e pagãos,
pastores e magos porque para todos nasceu o Menino. Deus
convidou a TODOS ao presépio: a Herodes, aos sacerdotes, aos
escribas e aos fariseus, mas somente os pastores e os Magos
foram até ele. Hoje nos segue convidando para dobrar os
joelhos diante do presépio; mas esse presépio estará morto se
não reconhecermos o Menino nos milhões de rostos humanos que
nos rodeiam.
Um feliz e abençoado Natal a todos!
Danieli Sanches Venturini
Historiadora
Diretora Técnica – Museu Vicente Pallotti
Por Paixão Colecionadora de presépios
